Arquimedes, filho
do astrônomo Fídeas, era nativo de Siracusa, na Sicília. Há relatos de sua
visita ao Egito, onde inventou um sistema de bombeamento chamado Parafuso de Arquimedes, em uso ainda hoje.
Há
indícios muito fortes de que em sua juventude, Arquimedes tenha estudado com os
sucessores de Euclides, em Alexandria. Com certeza ele era completamente
familiarizado com a Matemática lá desenvolvida, conhecendo pessoalmente os
matemáticos daquela região. Ele mesmo mandava alguns de seus resultados para
Alexandria com mensagens pessoais.
No
prefácio de Sobre espirais Arquimedes
nos conta uma história curiosa acerca de seus amigos em Alexandria. Ele tinha o
hábito de mandar o texto de seus últimos teoremas, mas sem as demonstrações.
Aparentemente alguém em Alexandria estava roubando os resultados de Arquimedes
e afirmando que eram seus. Na última vez que fez isso, enviou dois resultados
falsos...
... aqueles que afirmam descobrir tudo, mas não produzem
provas de suas afirmações, podem estar enganados fingindo descobrir o
impossível.
De fato,
existem inúmeras referências a Arquimedes nos escritos de sua época, dada a
reputação quase sem par que ele ganhou neste período. Curiosamente a razão para
isso não era um interesse generalizado em Matemática, mas sim nas máquinas que
inventou para serem usadas na guerra. Estas armas foram particularmente
eficientes na defesa de Siracusa contra os Romanos, liderados por Marcelo.
Escreve
Plutarco:
... quando Arquimedes começou a manejar suas máquinas, ele de uma só vez
atirou contra as forças terrestres todos os tipos de mísseis, e imensas massas
de rocha que caíram com barulho e violência inacreditáveis, contra as quais
nenhum homem poderia resistir em pé ...
Outras
invenções de Arquimedes, como a polia composta, também colaboraram para que sua
fama se perpetuasse. Novamente citando Plutarco:
[Arquimedes] afirmou [em uma carta ao Rei Hierão] que, dada uma força,
qualquer peso poderia ser movido, e até mesmo se gabando, disse que se houvesse
outra Terra, esta poderia ser movida. Hierão maravilhou-se com isto e pediu uma
demonstração prática. Arquimedes tomou um dos navios da frota do rei - que não
podia ser movido a não ser por muitos homens - carregou-o com muitos
passageiros e lotou-o de carga. Arquimedes colocou-se a distância e puxou as
polias, movendo o navio em linha reta suavemente, como se estivesse no mar.
leia mais sobre ARQUIMEDES em:
http://www.ime.unicamp.br/~calculo/history/arquimedes/arquimedes.html